A Organização Mundial da Saúde, OMS, apresentou esta quarta-feira novas orientações para ajudar os países a integrarem o autocuidado nos sistemas de saúde.
Neste 24 de julho, Dia do Autocuidado, a agência revelou que a ideia é melhorar as intervenções nacionais em campos como disponibilidade de medicamentos, meios de diagnóstico, monitoramento e ferramentas digitais.
Controle do estresse e do uso de substâncias
O principal alvo da OMS é “capacitar as pessoas a testar e controlar doenças, prevenir enfermidades ou obter informações vitais sobre saúde”.
Nas opções de autocuidado para a saúde, tidas agora como mais populares, destacam-se o uso de anticoncepcionais, triagem para Covid-19, bem como para vírus como o de papiloma humano, HPV, HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis.
Estas alternativas incluem ainda o monitoramento da pressão arterial, testes de gravidez e ovulação e técnicas para controlar o estresse, o uso de substâncias, a ansiedade e outros transtornos de saúde mental.
Para a diretora de Saúde Sexual e Reprodutiva e Pesquisa da OMS, Pascale Allotey, a nova orientação será um recurso essencial para os países à medida que estes introduzem e expandem o autocuidado para a saúde e o bem-estar.” A especialista também lidera o Programa de Reprodução Humana da agência.
De acordo com a nova orientação é preciso “fornecer informações precisas e acessíveis às pessoas sobre as opções de autocuidado e o papel dos profissionais de saúde no apoio ao seu uso”.
Profissionais de saúde comunitária
Várias medidas são sugeridas aos funcionários da saúde para apoiar e aconselhar as pessoas sobre o autocuidado, incluindo profissionais farmacêuticos, médicos de família, atores do nível comunitário e cuidadores.
Para os países que adaptaram a diretriz da OMS sobre intervenções de autocuidado para saúde e bem-estar, o guia apoia essas decisões ou recomenda o cumprimento e promoção de intervenções de autocuidado. Entre os usuários estão decisores políticos, legisladores, reguladores, gerentes de programas, profissionais de saúde, funcionários de assistência e membros da comunidade.
Para a OMS, as intervenções de autocuidado podem dar maior autonomia às pessoas, além de oferecer opções e acesso aos serviços ou maior confidencialidade e privacidade quando se trata de saúde.
Estima-se que em 2021, cerca de 4,5 bilhões de pessoas não foram totalmente cobertas por serviços essenciais do setor. Para a OMS, além de complementar os sistemas de saúde em tempos de equilíbrio, o tipo de intervenções fornece uma alternativa importante quando há grandes interrupções nesse campo.
Cerca de 50 países já tomaram medidas para adaptar a diretriz publicada há cinco anos, introduziram ou mesmo alteraram suas políticas de apoio às intervenções de autocuidado.