Aumento da dívida pública adia combate ao HIV na África Subsaariana – EERBONUS
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Aumento da dívida pública adia combate ao HIV na África Subsaariana

O Programa Conjunto da ONU sobre HIV/Aids, Unaids, alertou que a crescente dívida pública está sufocando os países da África Subsaariana. A questão reduz o espaço fiscal para financiar serviços de saúde e ações essenciais de combate ao vírus.

O relatório observa que a crise da dívida coloca em risco o progresso alcançado com vista a acabar com a Aids no continente que concentra mais de 25,9 milhões de soropositivos. O mundo tem um total de 39,9 milhões de pessoas vivendo com HIV/Aids.

Redução de novas infecções

A agência das Nações Unidas ressalta que a África Subsaariana é líder entre as regiões do globo na redução de novas infecções de HIV ao ter alcançado 56% desde 2010. No entanto, adverte que a marca não será sustentada se o espaço fiscal for limitado.

Aliança de Saúde Pública/Ucrânia

Quênia acolheu representantes juvenis vivendo com HIV

 

O documento divulgado antes da 79ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, chama a atenção para fatores combinados que “deixarão os países perigosamente sem recursos para financiar suas respostas ao HIV”.

As questões que devem ser abordadas vão desde crescentes pagamentos da dívida pública e cortes de gastos estabelecidos nos acordos do Fundo Monetário Internacional, FMI, nos próximos três a cinco anos.

Para a diretora executiva do Unaids “quando os países não conseguem cuidar das necessidades de saúde de seu povo de forma eficaz devido a pagamentos da dívida, a segurança global da saúde é colocada em risco”.

Financiamento da resposta global ao HIV

Winnie Byanyima ressalta que “a dívida pública precisa ser urgentemente reduzida e a mobilização de recursos domésticos fortalecida para permitir que o espaço fiscal financie totalmente a resposta global ao HIV e acabe com a Aids.”

A agência apoiou ainda uma reunião no Quênia de representantes juvenis vivendo com HIV. Cerca de 3,1 milhões de adolescentes e jovens entre os 15-24 anos estão na situação. Entre eles estão 1,9 milhões de mulheres adolescentes.

Os participantes enfatizaram que os governos não podem acabar com a Aids sem o envolvimento deles na busca de soluções. Eles observaram que suas experiências de vida com o vírus e com a saúde mental são válidas no combate à doença.

Continente africano concentra mais de 25,9 milhões de soropositivos

Continente africano concentra mais de 25,9 milhões de soropositivos

Os jovens fizeram um apelo para que haja maior inclusão deles na formulação de políticas para que possam “assumir a responsabilidade total pelo fim da Aids como uma ameaça de saúde pública”.

Acesso aos serviços de saúde sexual e reprodutiva

A declaração final da sessão enfatiza episódios de enfrentamento do estigma e discriminação, inclusive por médicos e profissionais de saúde, quando os pacientes acessam serviços de saúde sexual, reprodutiva e controle de HIV/Aids.

Para os jovens, essa experiência pode incentivar na busca de apoio e informações cruciais sobre saúde, abordando o risco de infecção pelo vírus ou de abandono do tratamento pelos que vivem com HIV/Aids.

Os participantes dizem acreditar num papel essencial na luta contra a Aids nas comunidades a traduzir-se na “oferta de apoio e partilha de informações importantes que nem escolas ou os pais não têm abordado em relação ao tema”.

O enfrentamento do estigma e da discriminação por meio das redes sociais é outro potencial destacado pelo grupo que promete apoiar “ajudando a salvar vidas e encorajando os jovens a permanecerem no tratamento”.

FONTE

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