As Nações Unidas defendem que a ordem de Israel para que os habitantes deixem a Cidade de Gaza “só vai alimentar o sofrimento em massa das famílias palestinas”.
Nesta quinta-feira, o Escritório da ONU de Assistência Humanitária, Ocha, ressaltou que muitas dessas pessoas foram deslocadas por várias vezes.
Emissão de ordens de evacuação
O comunicado foi divulgado horas depois de diretrizes emitidas pelo exército israelense na quarta-feira, após a emissão de novas ordens de evacuação que nos últimos dias “afetaram várias partes da cidade”.
O Ocha realça que os civis devem ser protegidos e suas necessidades essenciais atendidas, “quer fujam ou fiquem nas áreas abrangidas”. O pedido é que todas as partes “respeitem o direito internacional humanitário, em todos os momentos”.
Em nota separada, a Agência das Nações Unidas para Assistência a Refugiados Palestinos, Unrwa, aponta “condições terríveis” em que vivem deslocadas em Gaza no final da visita da representante de comunicação da agência, Louise Wateridge
Em rede social, a especialista disse haver um “enorme acúmulo de suprimentos médicos nos pontos de travessia” e que essa ajuda está apenas aguardando para chegar aos destinatários.
Dois terços das escolas de Gaza foram atingidos
A Unrwa documentou 453 ataques que tiveram impacto suas instalações e pessoas vivendo dentro delas desde o início dos ataques do grupo Hamas que foram seguidos de uma ofensiva militar das forças de Israel.
A agência estima que desde 7 de outubro foram atingidos dois terços das escolas em Gaza, que mataram pelo menos 524 pessoas que viviam nessas instalações.
A violência e as restrições de acesso provocaram o deslocamento de quase 1,4 mil pessoas, incluindo 660 crianças.
Mães e crianças vivendo em dificuldades
O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, anunciou que segue com a distribuição de roupas infantis e suprimentos essenciais para mães e crianças que vivem em dificuldades.
Mais de 120 mil menores já receberam biscoitos e suplementos altamente energéticos distribuídos em cooperação com as autoridades de saúde palestinas.
Dados do Ocha sobre a Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, revelam que mais de 550 palestinos foram mortos em mais de mil ataques de ocupantes de assentamentos israelenses.