As Nações Unidas anunciaram que vêm intensificando os esforços de resposta humanitária liderada pelo governo libanês na sequência de confrontos que envolvem tropas israelenses e o Hezbollah no sul do Líbano.
Segundo agências de notícias, autoridades israelenses afirmaram que os ataques são uma retaliação ao lançamento de mísseis pelo Irã na terça-feira. A Força Interina da ONU no Líbano, Unifil, anunciou que trocas de tiros e bombardeios acontecem de forma mais intensa.
Incursões terrestres ao longo da Linha Azul
Na terça-feira, as Forças de Defesa de Israel ordenaram a evacuação de quase duas dezenas de comunidades no sul em meio ao início das incursões terrestres pela Linha Azul.
Diante da situação, quase 10 mil famílias receberão refeições quentes e dinheiro destinado a emergências doados pelo Programa Mundial de Alimentos, PMA. Abrigos da Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos, Unrwa, já acolhem mais de 2,3 mil deslocados.
Por sua vez, a Organização Mundial Saúde, OMS, disse fornecer kits de trauma e medicamentos a dezenas de milhares de pacientes em meio ao fechamento de instalações, escassez de pessoal e lacunas de financiamento.
Encerramento de hospitais e centros de saúde
O Escritório da ONU de Assistência Humanitários, Ocha, alertou que os confrontos têm um impacto arrasador sobre civis e infraestrutura da população. Com até 346 mil deslocados confirmados, o governo coloca o total de afetados em cerca de 1 milhão.
A situação de insegurança ditou o encerramento de pelo menos seis hospitais e 40 centros de saúde primários. As autoridades nacionais estimam que até 300 mil pessoas fugiram para a Síria, incluindo cidadãos sírios e libaneses. As Nações Unidas reiteram que deve ser autorizado “o acesso de ajuda às pessoas com segurança, onde quer que estejam”. A nota ressalta ainda que Israel tem 60 mil deslocados no norte.
Em sessão de emergência realizada no Conselho de Segurança, o secretário-geral, António Guterres, disse que as forças de paz permanecem em posição de implementar seu mandato. O líder da ONU fez um apelo para que todas parem com os confrontos e implementem totalmente as resoluções do órgão.