Ataques suicidas na Nigéria deixam ao menos 18 mortos – 29/06/2024 – Mundo – EERBONUS
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Ataques suicidas na Nigéria deixam ao menos 18 mortos – 29/06/2024 – Mundo

Ataques suicidas em Gwoza, cidade no nordeste da Nigéria a cerca de 720 quilômetros da capital, Abuja , deixaram pelo menos 18 mortos, incluindo crianças e mulheres grávidas, informaram serviços locais de emergência neste sábado (29).

Os atentados, que aconteceram em um casamento, um funeral e um hospital, não foram reivindicados por nenhuma organização, mas lembram o modus operandi do grupo armado islâmico Boko Haram, que tem forte presença nessa região do país, perto da fronteira com Camarões.

O primeiro ataque ocorreu à tarde durante um casamento, quando uma agressora, que carregava um bebê nas costas, detonou explosivos no meio de um banquete, disse o porta-voz policial do estado de Borno, Nahum Kenneth Daso à agência de notícias AFP.

Barkindo Saidu, chefe dos serviços locais de emergência, disse em um relatório que 19 pessoas ficaram gravemente feridas e foram levadas de ambulância para a capital regional, Maiduguri. “As lesões incluem rupturas abdominais, fraturas de crânio e fraturas de membros”, segundo o documento.

Durante as orações fúnebres pelas vítimas do atentado no casamento, outra terrorista “se lançou sobre a congregação e detonou outro artefato, matando muitas pessoas”, segundo o relatório. Pouco depois, disse Saidu no relatório, um adolescente provocou outra explosão nas imediações do hospital geral da cidade.

Um membro da milícia anti-jihadista que apoia o Exército na região disse que dois de seus colegas e um soldado morreram em outro atentado contra um posto de segurança.

A região lida há anos com a violência. O estado de Borno, onde fica Gwoza, é um dos locais mais afetados pelas ações do Boko Haram, que, segundo a ONG Human Rights Watch, já deslocaram mais de 2 milhões de pessoas do nordeste do país desde o início da atuação da facção, em 2009.

No último abril, o sequestro de 276 meninas pelo grupo terrorista em uma escola secundária em Chibok, cidade majoritariamente cristã no nordeste da Nigéria, completou dez anos. O caso extrapolou as fronteiras e virou uma campanha global pela libertação das garotas.

Desde então, a Nigéria foi palco de novos ataques do tipo pelo grupo jihadista, alguns maiores do que aquele de 2014. A crise de segurança fez com que os sequestros deixassem, inclusive, de ser exclusividade do Boko Haram.

No começo deste ano, a prática voltou a crescer. Apenas em uma semana de março, ao menos 564 pessoas foram sequestradas, segundo a agência da ONU para os direitos humanos.

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