Às margens do G20, Guterres pede calma e contenção nos protestos em Moçambique – EERBONUS
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Às margens do G20, Guterres pede calma e contenção nos protestos em Moçambique

O secretário-geral das Nações Unidas pediu calma e contenção na sequência de eventos das últimas semanas que levaram a manifestações contestando a integridade do processo eleitoral em Moçambique. Os protestos seguiram-se às eleições realizadas no passado 9 de outubro.

Neste domingo, António Guterres respondeu à questão de um jornalista na coletiva de imprensa sobre a reunião de líderes das maiores economias mundiais, G20, que acontecerá na segunda e terça-feira no Rio de Janeiro.

Diversas opiniões e posições

“Em relação a Moçambique, o meu apelo é naturalmente um apelo à calma, um apelo a que a expressão das diversas opiniões e das diversas posições se faça pacificamente e que as autoridades tenham também a contenção necessária para garantir que os problemas de Moçambique sejam resolvidos, como disse, em paz e no respeito pelo funcionamento das instituições.”

O pronunciamento do líder das Nações Unidas teve lugar dois dias após uma declaração de especialistas independentes da organização defendendo que os protestos pacíficos deveriam prosseguir sem perseguição.

A nota dos peritos em direitos humanos da ONU* pediu às autoridades moçambicanas que “evitem e parem imediatamente com a violência e a repressão de jornalistas, advogados, ativistas e manifestantes e garantam que responsáveis por delitos sejam investigados e levados ao tribunal”.

Os especialistas destacam que a violência e as medidas repressivas usadas contra manifestantes em protestos pacíficos provocaram pelo menos 30 mortes, feriram 200 pessoas e levaram à prisão de pelo menos 300 indivíduos até 7 de novembro.

Crescentes tensões pós-eleitorais e relatos de violência

O grupo expressou inquietação com as “violações do direito à vida, incluindo de uma criança, os assassinatos deliberados de manifestantes desarmados e o uso excessivo da força pela polícia destacada para dispersar protestos pacíficos”.

O apelo feito às autoridades moçambicanas é para que investiguem prontamente e imparcialmente todos os assassinatos ilegais.

Antes, o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, expressou preocupação com as crescentes tensões pós-eleitorais e relatos de violência contínua e violações de direitos humanos que causaram dezenas de vítimas.

FONTE

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