Argentina: Luis Caputo será ministro da Economia de Milei – 29/11/2023 – Mercado – EERBONUS
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Argentina: Luis Caputo será ministro da Economia de Milei – 29/11/2023 – Mercado

O nome mais esperado do novo governo de Javier Milei foi, finalmente, confirmado: Luis Caputo será ministro da Economia da Argentina, substituindo seu rival peronista Sergio Massa. O novo titular da pasta tem fortes relações com o ex-presidente Mauricio Macri, do qual já foi ministro das Finanças e presidente do Banco Central.

“O ministro da Economia é Luis Caputo”, disse o liberal em entrevista à rádio argentina Continental após voltar nesta quarta (29) de sua primeira viagem como presidente eleito, aos Estados Unidos, na qual foi acompanhado por Caputo. Sua equipe, porém, ainda não formalizou o anúncio.

Aos 58 anos, o novo superministro terá que resolver a terceira grande crise vivida pela Argentina em 40 anos e uma inflação de mais de 140%, sendo o principal responsável pelo plano de dolarização que promete Milei, ainda sem detalhamento. Na última sexta (24), o direitista reiterou através de nota que “o fechamento do Banco Central é inegociável”.

Também ficará encarregado de renegociar a dívida de US$ 44 bilhões do país (R$ 220 bilhões em valores atuais) com o FMI (Fundo Monetário Internacional). Caputo se reuniu com o órgão nesta terça (28) em Washington e discutiu “os planos para reforçar urgentemente a estabilidade e estabelecer as bases de um crescimento mais sustentável”, segundo uma fonte do fundo.

Ele foi justamente um dos principais responsáveis pela negociação do acordo em 2018, enquanto era ministro das Finanças de Macri. Naquela época, enfrentou o staff do órgão internacional para que o Banco Central da Argentina pudesse intervir no mercado cambial, segundo o jornal Clarín, prática recorrente e forte até hoje no país.

Caputo entrou no início do governo Macri, em 2015, como secretário de Finanças, quando participou do anúncio do fim do limite para compra de dólares que existia no país há anos —depois retomado no fim da gestão. Mas em 2017 o ministério da Fazenda foi dividido em dois e ele ganhou o status de ministro.

No ano seguinte, foi designado como presidente do Banco Central por cerca de três meses em meio a uma corrida cambial e a renúncia de seu predecessor, Federico Sturzenegger. Antes dos cargos públicos, estudou economia na UBA (Universidade de Buenos Aires) e trabalhou anos como chefe de operações de trading nos bancos JP Morgan e Deutsche Bank.

O embarque de Caputo no novo governo gerou críticas dentro e fora de sua aliança política, no sentido de que agora será o grupo de Macri, que perdeu nas urnas, quem comandará a área mais importante do país. Depois das eleições, Milei tem feito um malabarismo para conciliar os libertários e a centro-direita em seus gabinetes e garantir governabilidade.

Uma série de idas e vindas se deram nos últimos dias. Segundo jornais locais, o economista Emilio Ocampo, anunciado em setembro como o homem que assumiria e fecharia o Banco Central, teria desistido do cargo após a nomeação de Caputo, o que até agora não foi confirmado. Ocampo é um dos autores do livro “Dolarização”, no qual Milei dizia basear seu plano de acabar com os pesos.

Entre os nomes confirmados na área econômica estão o engenheiro Horacio Marín, como diretor da petroleira estatal YPF, e o economista Osvaldo Giordano, como titular da agência que controla as aposentadorias e plano sociais, a Anses (Administración Nacional de Seguridad Social).

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