Em 2016, a Amazon surpreendeu o mundo ao testar um minimercado inteligente. Usando uma tecnologia chamada Just Walk Out, clientes simplesmente entravam nas lojas, pegavam os produtos e saíam sem precisar pagar na hora.
Para entrar, bastava se identificar usando o smartphone. No fim das compras, ao passar por um sensor na porta do estabelecimento, o saldo era descontado automaticamente do cartão cadastrado.
Só que a companhia agora anunciou o fim do serviço Just Walk Out e a substituição dela por outra tecnologia um pouco menos ousada. Além disso, o anúncio veio acompanhado de uma denúncia: o tal sistema inteligente na verdade dependia de funcionários humanos para operar corretamente.
De olho nas suas compras
Segundo reportagem do site The Information, a Amazon mantinha uma equipe com cerca de mil funcionários na Índia revisando e aprovando as compras do Just Walk Out. Ao todo, cerca de 70% das vendas eram conferidas por humanos, que analisavam as imagens em vídeo das câmeras nas lojas para confirmar se a leitura dos sensores foi realizada corretamente.
Esses funcionários contratados não eram divulgados como parte do sistema e foram descritos pela companhia como “profissionais de dados associados para Aprendizado de Máquina”, atuando junto de um sistema de inteligência artificial.
O Just Walk Out só deve continuar funcionando apenas em algumas lojas Fresh do Reino Unido e minimercados da família Amazon Go nos Estados Unidos.
O Dash Cart tem sensores de leitura imediata e ajudam até a pesar produtos frescos. (Imagem: Divulgação/Amazon)Fonte: Amazon
Nos demais locais, ela será trocada por um leitor de código de barras embutido no carrinho. Esse recurso é chamado de Dash Cart e registra rapidamente cada item comprado, além de fazer o checkout sem exigir um caixa.
O que diz a Amazon
Em um comunicado enviado ao Gizmodo, a Amazon confirmou a substituição de tecnologias pelo uso dos carrinhos inteligentes na maior parte dos estabelecimentos. Porém, ela contesta que a grande maioria das compras era analisada por humanos, sem detalhar qual seria a porcentagem correta.
Ainda segundo a marca, o papel dos funcionários humanos era de “melhorar continuamente” o modelo de aprendizado de máquina usado no sistema.