A passagem de Rafah, entre o Egito e a Faixa de Gaza, é o único ponto de entrada da ajuda humanitária enviada por diversos países para as pessoas que sofrem as consequências da guerra entre Israel e o Hamas. Além da escassez de medicamentos, água e comida, a ONU adverte que o estoque de combustível está acabando.
“Sem combustível, não haverá água, nem hospitais nem padarias funcionando. Sem combustível, a ajuda não chegará às pessoas que mais necessitam. Sem combustível, não haverá assistência humanitária”, afirma Philippe Lazzarini, comissário-geral da UNRWA (agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente).
Lazzarini estima que a Faixa de Gaza tenha combustível suficiente para até, no máximo, esta terça-feira (24) ou quarta-feira (25).
A abertura da fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza aconteceu no sábado (21), quando os primeiros 20 caminhões com ajuda humanitária foram autorizados a entrar no território em guerra.
De lá para cá, chegam gradualmente os recursos necessários para atender civis que tentam fugir do conflito e feridos sob os cuidados de organizações humanitárias. Nesta segunda-feira (23), o terceiro comboio foi liberado para entrar no território palestino.
“Apelo a todas as partes e àqueles com influência sobre elas que permitam imediatamente o fornecimento de combustível à Faixa de Gaza e garantam que o combustível seja estritamente utilizado para evitar um colapso da resposta humanitária”, diz Lazzarini.
A UNRWA estima que tenha acolhido nos primeiros 15 dias de guerra mais de meio milhão de pessoas de cerca de 1 milhão de deslocados em toda a Faixa de Gaza.