No mercado de hoje, é inegável que a Inteligência Artificial (IA) se consolidou como parte da realidade de diversos profissionais e está desempenhando um papel central na moldagem de novas estratégias e propostas de valor das empresas. A prova disso é que, no Brasil, os gastos com relação à tecnologia cresceram 120% nos cinco primeiros meses de 2023, de acordo com um levantamento do Itaú Unibanco, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Um dos marcos mais notáveis nesse cenário é o ChatGPT, um chatbot desenvolvido pela OpenAI que utiliza a tecnologia para desenvolver diálogos com os usuários e fornecer informações com base em um banco de dados. Sua primeira versão foi lançada em 2018, levando o nome de GPT-1 (Generative Pre-trained Transformer 1), mas só veio a cair no gosto popular no final de 2022, quando estava em seu terceiro modelo.
Por sua vez, o ChatGPT-4 – a quarta geração deste poderoso sistema de linguagem – dá continuidade ao legado da anterior e vem revolucionando a maneira como as organizações operam, caracterizando não apenas um mero avanço na tecnologia de IA, mas um verdadeiro impacto em diversos setores da economia. Ainda de acordo com o estudo do Itaú, 59% dos profissionais afirmaram já usar o bot em suas rotinas.
Automação, melhora na produtividade e mais eficiência em produtos e serviços ofertados são só alguns dos objetivos que as empresas vêm buscando ao investir em Inteligência Artificial. Nesse meio, quem acredita que a ferramenta é de todo mal e irá substituir por completo a ação humana fica para trás.
Uma pesquisa de 2022 realizada pela IBM, por exemplo, revelou que 41% das empresas brasileiras já implantaram a inteligência artificial (IA) em alguns setores. Na América Latina, a tecnologia é usada pelas companhias principalmente para detecção de ameaças (44%), atendimento aos clientes (44%) e marketing e vendas (30%).
Transformação no atendimento ao cliente com a IA
Nesse meio, um destaque fica para a área de atendimento ao cliente, que vem chamando a atenção devido às mudanças profundas que têm sofrido com o apoio da ferramenta.
A versão atual do ChatGPT-4 é capaz de fornecer respostas precisas e rápidas para perguntas frequentes, liberando a equipe de suporte para lidar com questões mais complexas e urgentes. Isso não apenas economiza tempo e recursos, mas aumenta a satisfação do usuário, um critério essencial para o sucesso de qualquer empresa.
Além disso, capacita as organizações a personalizar suas mensagens em grande escala, uma vez que a IA analisa o comportamento do cliente e gera conteúdo direcionado ao seu público-alvo. Essa estratégia melhora o engajamento e também impulsiona as taxas de conversão, tornando-se vital em um mercado cada vez mais competitivo.
Uso de Inteligência Artitficial nas empresas pode auxiliar na produtividade e atração de clientes.
Regulamentações do uso da IA: o que ainda falta?
Em meio a todos esses benefícios e do cenário de inovação e ascensão da ferramenta, ainda existe uma preocupação: o mercado carece de uma regulamentação que estabeleça diretrizes e fiscalize especificamente o uso da Inteligência Artificial.
Nesse sentido, os desafios são inúmeros. A IA se difundiu rapidamente em diferentes setores e, apesar do receio, muitas pessoas já vêm utilizando a ferramenta até mesmo sem perceber. Além disso, a constante evolução dessa tecnologia torna mais difícil prever os possíveis efeitos e problemas que ela causará.
Portanto, reduzir os riscos gerados pela utilização maliciosa e preservar o direito à privacidade e transparência dos usuários são algumas das principais urgências.
Porém, não estamos completamente desprovidos de amparo legal, uma vez que o Marco Civil da Internet, a Lei Geral de Proteção de Dados, bem como a Constituição Federal e o Código Penal são passíveis de aplicação para abordar certos comportamentos inadequados no uso da tecnologia.
Isso mostra que, apesar da utilização de Inteligência Artificial nas estratégias e estruturas de negócios hoje já ser um recurso comum no ambiente corporativo e garantir diversas vantagens, esse mercado ainda tem muito a caminhar.
Diante dessa realidade, a OpenAI tem se destacado e sua abordagem no desenvolvimento desse sistema é um exemplo notável de sucesso no aprimoramento de processamento de linguagem natural e machine learning. Com toda a certeza, a solução seguirá transformando negócios e se solidificando como ferramenta essencial para evolução das propostas de valor das empresas.
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Fernando Barradas, Head de Marketing, Comunicação e Sales Operations da Engineering, companhia global de Tecnologia da Informação e Consultoria especializada em Transformação Digital. Pós-Graduado em Marketing e Comunicação Integrada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Graduado em Propaganda e Marketing na Universidade Paulista, é profissional de marketing, comunicação e sales operations com mais de 14 anos de experiência no mercado de produtos e serviços em multinacionais e nacionais de grande e médio porte, como Edenred (Ticket), Catho, Sestini, Linx e Engineering.