Timor-Leste quer soluções para países vulneráveis e mais diplomacia preventiva – EERBONUS
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Timor-Leste quer soluções para países vulneráveis e mais diplomacia preventiva

Em discurso na Cúpula do Futuro, o primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, enfatizou que os meios e o financiamento para alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, ODS, “são escassos”.

Ele descreveu a situação dos Países Menos Desenvolvidos e dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, que muitas vezes são “vítimas de atores e políticas internacionais egoístas que valorizam mais o lucro e o poder do que a dignidade humana”.

Países que sofrem isoladamente

O líder timorense enfatizou que aqueles que menos contribuíram para as crises globais são os que sofrem primeiro, com mais intensidade e “muitas vezes isoladamente”. Segundo ele, essas nações “aguardam pacientemente por soluções mais flexíveis, inclusivas e responsivas”.

Gusmão alertou que os recursos hoje disponíveis são “insuficientes” para combater a pobreza extrema, a insegurança alimentar, as crises humanitárias e as alterações climáticas.

O primeiro-ministro questionou “em que tipo de mundo vivemos, onde podemos alimentar guerras, mas não podemos alimentar crianças?”

Ele citou ainda a perda de biodiversidade e a manipulação ambiental que ameaçam a existência de alguns Estados insulares, especialmente no Pacífico.

Discurso do primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, na Cúpula do Futuro

Exemplo de triunfo do sistema internacional

O primeiro-ministro também afirmou que “sem paz não existem condições para o desenvolvimento”. De acordo com Xanana Gusmão, a comunidade internacional ainda não encontrou soluções multilaterais para um futuro de paz para muitas nações em todo o mundo.

O líder timorense citou conflitos da Palestina à Ucrânia, do Iêmen ao Sudão, da República Centro-Africana à República Democrática do Congo, do Afeganistão a Mianmar, e do Haiti a muitos outros países frágeis e assolados por conflitos.

Gusmão ressaltou que no mês passado foi celebrado o 25º aniversário da Consulta Popular, sob os auspícios das Nações Unidas, onde “o povo votou corajosamente pela autodeterminação e pela liberdade”.

Segundo ele, a independência de Timor-Leste foi uma conquista do povo timorense, mas também um “triunfo do sistema internacional”.

Para Gusmão, se hoje Timor-Leste é uma democracia estável e pacífica em transição para o desenvolvimento, isso se deve não só ao apoio constante da comunidade internacional, mas também aos esforços nacionais de reconciliação e diálogo para a paz.

Renovação da confiança

O líder timorense disse que é “urgente um pacto para o futuro”, para trazer reformas que “renovem a confiança de todos, especialmente da nova geração que o irá concretizar”.

O primeiro-ministro declarou apoio a uma reforma do Conselho de Segurança, com expansão dos membros permanentes, “para maior representação e legitimidade geográfica, cultural e econômica”.

Ele também afirmou que defende mais investimento na diplomacia preventiva, que identifique as causas dos problemas e fortaleça os processos nacionais, com maiores esforços diplomáticos “para ouvir e compreender, em vez de impor soluções teóricas descontextualizadas”.

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