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Na Cúpula do Futuro, Brasil pede ambição e cita encolhimento da legitimidade do Conselho de Segurança

Na Cúpula do Futuro, realizada na sede da ONU em Nova Iorque neste domingo, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, fez um apelo mais “ousadia e ambição” na reformulação das instituições multilaterais.

Em seu discurso, Lula apontou para as falhas estruturais da governança global e enfatizou que as crises recentes evidenciam as limitações dessas instituições, como o Conselho de Segurança da ONU, cuja legitimidade “encolhe a cada vez que aplica duplos padrões ou se omite diante de atrocidades”.

Discurso do presidente Lula, do Brasil, na Cúpula do Futuro

Fracasso coletivo das ODS

Lula avaliou que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável foram o maior empreendimento diplomático dos últimos anos, mas caminham para se tornarem o “maior fracasso coletivo”. 

“Não podemos recuar na promoção da igualdade de gêneros, nem na luta contra o racismo e todas as formas de discriminação. Tampouco podemos voltar a conviver com ameaças nucleares. É inaceitável regredir a um mundo dividido em fronteiras ideológicas ou zonas de influência. Naturalizar a fome de 733 milhões de pessoas seria vergonhoso. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável foram o maior empreendimento diplomático dos últimos anos e caminham para se tornarem nosso maior fracasso coletivo.”

Ele lembrou que apenas 17% das metas da Agenda 2030 devem ser atingidas dentro do prazo.

Ele citou pontos que considera importantes do Pacto para o Futuro, adotado na abertura do evento, destacando a forma de lidar com as dívidas dos países em desenvolvimento e tributação internacional.

O presidente do Brasil também citou o Pacto Global Digital, que prevê uma governança inclusiva e que seja mitigado o impacto de novas tecnologias. No entanto, ele afirmou que o mundo ainda carece de “transformações estruturais” para enfrentar os desafios do presente e do futuro.

Para o presidente, a pandemia, os conflitos globais e as mudanças climáticas “escancararam a incapacidade das instâncias multilaterais”. A crítica de Lula ao Conselho de Segurança foi um dos pontos centrais de sua fala.

Conselho de Segurança

Ele ressaltou que o órgão, ao “aplicar padrões duplos e se omitir diante de graves violações de direitos, tem sua legitimidade encolhida”. Além disso, ele chamou a atenção para a sub-representação do Sul Global, afirmando que o atual sistema não reflete seu atual papel político, econômico e demográfico.

O presidente finalizou sua fala afirmando que o futuro exige coragem e vontade política para implementar mudanças.

Lula enfatizou que o melhor legado a deixar às gerações futuras é uma governança capaz de responder de forma efetiva aos desafios que persistem e aos que surgirão.

FONTE

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