Fortnite: veja a história e evolução do jogo durante os anos – EERBONUS
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Fortnite: veja a história e evolução do jogo durante os anos

Lançado originalmente em 2017, Fortnite aos poucos foi ganhando terreno até dominar o mundo dos games. De lá para cá, o título mudou bastante e ganhou diversos novos modos de jogo, incluindo mais recentemente os divertidos LEGO Fornite, Rocket Racing e Fortnite Festival.

No entanto, nem sempre as coisas foram fáceis para a Epic Games, a empresa por trás do icônico jogo. Do desenvolvimento ao sucesso, o game trilhou um caminho com diversos percalços ao longos dos mais de 6 anos desde sua chegada ao PC e consoles. E agora chegou a hora de relembrar a trajetória deste fascinante projeto que pegou o mundo de surpresa e é até hoje um dos games mais jogados do momento.

Afinal, apesar de ter se popularizado com seu estilo de battle royale e múltiplas skins de franquias famosas dos games, TV e cinema, Fortnite era muito diferente quando ganhou vida.

O nascimento de Fortnite

Anos e anos atrás, em 2011, a Epic Games trabalhava em um jogo que misturava elementos de tower defense, tiro e sobrevivência no qual jogadores deveriam se juntar para defender suas bases de criaturas parecidas com zumbis. O projeto era uma nova aposta da empresa para ganhar mais terreno nos games, já que a companhia estava com dificuldades de emplacar um título tão popular quanto sucessos antigos como Unreal Tournament e Gears of War, que foi vendido para a Microsoft.

Em 2016, o CEO da empresa, Tim Sweeney, chegou a dizer que a empresa estaria morta se não fosse a Unreal Engine, o motor gráfico que a empresa licencia para centenas de desenvolvedores e criadores de conteúdo globalmente. Para sair dessa marimba, a empresa investiu todo seu potencial tecnológico no projeto que foi chamado de Fortnite, que ganhou vida inicialmente como um jogo PvE (Player versus Environment ou Jogador contra Ambiente, em português) incluindo mecânicas robustas de construção e combate cooperativo online, como exibido neste trailer de 2015.

Embora a equipe estivesse empolgada com o projeto, nem todos no time acreditavam no potencial do jogo, que chegou bem perto de ser cancelado. Ainda assim, no dia 25 de julho de 2017 chegava às lojas uma versão um pouco diferente e bem mais elaborada de Fortnite. Lançado em acesso antecipado, a ideia era coletar feedback dos jogadores para aos poucos moldar o jogo e torná-lo mais acessível e divertido para o público em geral.

Porém, apesar de todas as expectativas em torno do projeto, o game não ganhou tanta tração e parecia carecer de muitas mudanças e adaptações, ou estaria fadado ao fracasso. Foi mais ou menos neste período que o pessoal da Epic, que também é a criadora da famosa Unreal Engine, viu o sucesso do battle royale PlayerUnknown’s BattleGrounds.

Chegando de asa-delta no Battle Royale

Uma lâmpada metafórica deve ter piscado sobre a cabeça de alguém lá na Epic Games, que rapidamente reuniu um time menor para trabalhar em um projeto arriscado, mas com potencial de tornar Fortnite um verdadeiro sucesso. Usando materiais como personagens, casas e texturas já utilizadas em seu gameplay PvE, em mais ou menos dois meses estava pronto um modo de jogo extra.

Assim, na pressa e oportunidade, nasceu o battle royale de Fortnite, que foi lançado totalmente de graça para rivalizar com PUBG. Foi então que o game original passou a se chamar Fortnite: Save the World (Salve o Mundo, em português), enquanto que o novo modo foi batizado como Fortnite Battle Royale.

E nem precisamos dizer que este novo foi um verdadeiro sucesso, né? Quando streamers famosos dos Estados Unidos começaram a testar o modo battle royale de Fortnite ao lado de estrelas da música e dos esportes, o jogo foi ficando cada vez mais popular. Grandes nomes como Myth, Tfue, Ninja e SypherPK ajudaram a consolidar este novo modo, que ganhava cada vez mais atenção (e dinheiro) de jogadores e espectadores em plataformas como a Twitch.

Saía dos holofotes a construção de bases e entrava em jogo uma versão PvP (Player versus Player ou Jogador contra Jogador, em português), na qual 100 jogadores saltavam do ônibus de batalha e desciam de asa-delta na ilha até que apenas uma pessoa ou um time restasse vivo. Este modo usava ainda algumas mecânicas do Fortnite original, como a habilidade de construir rampas para alcançar lugares mais altos e paredes para se defender de adversários.

Além de ser gratuito com microtransações de itens cosméticos totalmente opcionais e ter visual mais caricato e colorido, a construção era o grande diferencial do jogo em relação aos concorrentes, dando uma vantagem maior a quem dominasse a mecânica. Na época, pouca gente realmente sabia construir durante as partidas, mas isto não impediu que o jogo se tornasse a sensação do momento. Porém, isso não era suficiente: a Epic queria mais, queria algo grandioso.

Eventos ao vivo

Foi então que, em 2018, sem aviso prévio e pegando todos de surpresa, surgiu no mapa do jogo um misterioso e imenso cubo roxo coberto de estranhas runas. Ninguém sabia ao certo o que estava acontecendo e teorias sobre sua origem e propósito tomaram as discussões nas redes sociais e plataformas como o Reddit.

Aliás, foi neste último que o tal cubo acabou sendo batizado: com tantas postagens basicamente repetidas sendo enviadas a cada minuto, os moderadores decidiram banir a palavra “cubo”. Para burlar a regra e continuar falando sobre o tema, alguém resolveu chamar o objeto de Kevin e o nome pegou, sendo então utilizado não apenas pela comunidade como pela própria Epic Games.

Kevin, o Cubo, era apenas o início da história que se desenrolaria por temporadas e capítulos a fio. Depois de dar uma voltinha pelo mapa, Kevin revelou um cofre escondido debaixo do Lago do Saque em um evento no qual jogadores viram, pela primeira vez, aquilo que seria o centro de toda a trama do battle royale: o Ponto Zero.

Dali em diante fomos apresentados ao Visitante, um dos membros do grupo conhecido como Os Sete — grupo este que teria papel vital na história do jogo até algumas temporadas atrás. No entanto, outra coisa ganhou destaque mais ou menos no mesmo período.

Em uma inesperada parceria com a Epic, no dia 2 de fevereiro de 2019, o famoso DJ Marshmello fez o primeiro show de Fortnite, mostrando o potencial do game como uma plataforma interativa. O artista reuniu cerca de 10 milhões de jogadores em todo o mundo para assistir ao seu curto, mas emblemático, concerto dentro do jogo gratuito..

Parcerias bem sucedidas

Além de Marshmello, os primeiros anos de Fortnite foram marcados por parcerias de peso. Antes do DJ, o famoso battle royale da Epic Games teve um pequeno crossover com a Marvel, na época em que Vingadores: Guerra Inifinita chegava aos cinemas. Na ocasião, era possível encontrar a manopla com as Joias do Infinito e se tornar Thanos, garantindo aos jogadores imensos poderes e grande vantagem contra os demais players.

Em seguida, tivemos a Temporada X, que serviu como uma grande homenagem à história do jogo até então. No entanto, a ilha original do battle royale foi destruída e consumida por um buraco negro, um verdadeiro pesadelo para boa parte da comunidade, já que a Epic deixou o jogo completamente offline por alguns dias.

Quando Fortnite retornou, tudo estava diferente: o game apresentou uma nova ilha, novas mecânicas de jogo e, é claro, mais parcerias. No dia 14 de dezembro de 2019 rolou um evento ao vivo no qual a famosa Millenium Falcon de Star Wars pousou no battle royale para promover o nono filme da saga, A Ascensão Skywalker.

No ano seguinte, outro show que marcou o jogo para sempre batendo novo recorde foi o de Travis Scott. Entre os dias 23 e 25 de abril de 2020, Fortnite foi palco de shows do cantor, reunindo 12,3 milhões de jogadores no primeiro concerto e um total de cerca de 27,7 players somando os três dias de shows.

Dali para a frente, vimos mais e mais parcerias chegando ao jogo. Além da adição de personagens da Marvel e DC, Fortnite se tornou um grande centro de cultura pop, recebendo colaborações de diversos filmes, programas de TV e até mesmo personalidades famosas, como cantores e jogadores de futebol. Abaixo, confira alguns dos nomes que já passaram pelo game:

  • Vingadores
  • Star Wars
  • Homem-Aranha no Aranhaverso
  • Exterminador do Futuro
  • Alien
  • Exterminador do Futuro
  • The Walking Dead
  • Jovens Titãs
  • Rick and Morty
  • God of War
  • Horizon Zero Dawn
  • Street Fighter
  • Halo
  •  Resident Evil
  • The Witcher
  • Neymar Jr
  • Ariana Grande
  • The Weeknd

Com cada nova parceria, chegavam mais e mais itens cosméticos temáticos à loja do jogo, rendendo muito dinheiro para os cofres da Epic Games e dos respectivos donos das marcas parceiras.

Desenrolar da história

Entre parcerias inéditas e novos capítulos e suas respectivas temporadas, Fortnite foi pouco a pouco revelando sua trama em eventos dentro do próprio jogo, além de histórias em quadrinhos em parceria com a Marvel e a DC. Jogadores finalmente tiveram a confirmação da existência do loop (que nada mais é do que uma partida do battle royale) em uma HQ do Batman, conheceram novos membros dos Sete em uma minisérie em HQ da Marvel e, é claro, assistiram a narrativa se desenrolar em vídeos entre temporadas e eventos ao vivo.

Em suma, tudo se resume ao controle do Ponto Zero, uma orbe de energia responsável pelo surgimento de tudo o que há no universo. Aquele que controla o Ponto Zero literalmente tem controle sobre todo o universo, o multiverso, o omniverso.

Aos poucos fomos conhecendo a Ordem Imaginária, que mantinha o Ponto Zero e o loop sob seu controle; Os Sete, que visavam quebrar o loop e libertar o Ponto Zero; e vários outros grupos, que tinham seus próprios objetivos, como os espiões de Midas, a gangue conhecida como O Sindicato, o Clã da Raposa e, mais recentemente, O Submundo.

A cada nova etapa do jogo, com o lançamento de novas temporadas, vimos a chegada de mecânicas que inovavam a gameplay, como a habilidade de dirigir veículos, as corridas em disparada, a possibilidade de escalar paredes usando manobras de parkour e muito mais. Também vimos a chegada dos mais variados modos de jogo por tempo limitado, incluindo um baseado em Among Us.

Além disso, em 2022, Fortnite recebeu o modo Construção Zero, que manteve a estrutura do game PvP, mas retirou a habilidade de construção para ganhar a atenção de jogadores mais tradicionais de battle royale. O sucesso foi tanto que a novidade virou um modo fixo após o feedback positivo da comunidade.

Fortnite Raiz: o retorno às origens

Ao final da Temporada 4 do Capítulo 4, em novembro do ano passado, o Ponto Zero mais uma vez causou o “fim” de tudo e trouxe de volta o infame buraco negro. Desta vez, porém, a espera foi mais curta e o jogo voltou com tudo apelando forte para a nostalgia com a Temporada Raiz.

Também conhecida como Fortnite OG em inglês, esta temporada trouxe de volta a primeira ilha do jogo, aquela mesma lá de 2017. Ao longo de mais ou menos um mês, o jogo entrou em uma rotação semanal com itens icônicos entrando e saindo do arsenal disponível durante as partidas.

Foi uma forma de trazer de volta aqueles que sentiam falta da experiência original de jogo, apresentando aos jogadores que retornavam todas as novas mecânicas em vigor e preparando o terreno para o que estava por vir.

Capítulo 5: a reinvenção de Fortnite

Em dezembro do ano passado a Epic Games lançava o Capítulo 5 de Fortnite, servindo como uma espécie de recomeço para o jogo. Rostos antigos estavam de volta ao lado de novos personagens em uma ilha totalmente inédita e com arsenal renovado. Até mesmo a movimentação dos personagens recebeu uma atenção especial, com destaque para o parkour e a escalada de paredes, que tornaram a jogabilidade ainda mais fluida.

Mas o que realmente fez Fortnite voltar a brilhar como nunca foi a adição de três novos modos de jogo que parecem ter agrado — e muito — a comunidade. A seguir, você confere um pouquinho sobre cada um destes novos modos que ajudaram a revitalizar e reinventar o jogo da Epic Games.

Fortnite Festival

Uma espécie de Rock Band e Guitar Hero da Epic, este modo tem uma rotação diária do seu repertório de músicas. Com seu próprio mini Passe de Batalha, que pode ser comprado pelos jogadores usando V-Bucks, é possível liberar uma skin do músico The Weeknd e desbloquear novas músicas para tocar com amigos e desconhecidos em busca de pontuações cada vez mais altas no Fortnite Festival.

Além disso, é possível comprar as músicas disponíveis na rotação da temporada para garantir acesso a elas mesmo quando forem removidas do repertório vigente. O preço de cada canção é bastante caro, mas se você curtiu bastante alguma das músicas e quer garantir que vai poder tocá-la no futuro sem ter de aguardar seu retorno ao modo de jogo, vale a pena desembolsar os 500 V-Bucks cobrados na loja.

Também é possível comprar instrumentos para utilizar no lugar os disponíveis por padrão, mas o preço é alto, com cada item custando pelo menos 1500 V-Bucks. Como a mudança é apenas cosmética e não traz nenhum benefício além do visual diferenciado, é bom considerar bastante a compra antes de gastar suas caras moedinhas virtuais.

Rocket Racing

Fazendo a ponte com Rocket League, o modo Rocket Racing é basicamente um jogo de corrida dentro de Fortnite. Você escolhe seu piloto (no caso, uma das skins disponíveis no seu vestiário) e pode personalizar seu carro, mudando a cor do chassi, os decalques e a coloração dos aros dos pneus.

É possível desbloquear chassis diferenciados no Passe de Batalha do battle royale, deixando os carangos muito mais estilosos, mas também é possível comprar visuais ainda mais legais na loja de itens. O problema novamente é o preço, que é bem salgado para um simples pacote de cosméticos para o carro.

LEGO Fortnite

Finalmente chegamos à cereja do bolo: LEGO Fortnite, um novo modo de jogo de sobrevivência em mundo aberto. A coisa toda funciona como Minecraft, Terraria e Don’t Starve, sendo necessário melhorar sua vila, coletar materiais e explorar o mundo durante o dia, enquanto deve proteger o local durante a noite.

Aprimorar sua vila permite ao jogador (ou jogadores, já que é possível compartilhar seu mundo com amigos) convidar personagens para viver por ali, auxiliando com algumas tarefas como coletar material, refinar metais ou cuidar de plantações, além de também defenderem o local das ameaças noturnas.

Com diversos biomas e um mapa imenso, é preciso criar ferramentas que facilitem a exploração, como asas-delta para viajar mais rápido pelos céus e talismãs que permitem aguentar o calor dos desertos e o frio congelante das montanhas, por exemplo. Além disso, jogadores podem — e devem — aprimorar suas bancadas, permitindo assim construir equipamentos mais poderosos que são essenciais para combater os animais, monstros e demais criaturas que habitam os mais diferentes locais.

Futuro promissor

Apostando forte na estratégia do metaverso que, de acordo com uma revelação recente de Donald Mustard, fazia parte do plano da Epic Games desde antes de o jogo ser lançado, Fortnite parece ter um futuro brilhante pela frente. A adição de novos modos de jogo bem diferentes do habitual aumenta a possibilidade de alcançar novos jogadores ou até mesmo entreter os veteranos ocupados com outras tarefas além do tiroteio incessante do battle royale.

Além disso, a empresa vem dando cada vez mais liberdade e ferramentas mais amigáveis para os criadores de conteúdo montarem seus próprios mapas e modos de jogo do zero, gerando mais e mais estilos de jogo a serem adicionados ao catálogo já imenso de mapas personalizados.

Tudo isso gera mais vendas na loja de itens, seja com skins de personagens, músicas para seu repertório ou visuais para seu carro. Com o sucesso, os V-Bucks são convertidos em valores astronômicos que permitem à Epic continuar inovando e trazendo mais novidades para o ainda extremamente popular jogo lançado anos e anos atrás.

Fortnite hoje parece mais forte do que nunca e não mostra sinais de estar nem perto de desacelerar sua evolução — para a sorte dos jogadores e fãs de Jonesy, Embananado e sua turma. A dúvida que fica agora é: qual o próximo passo na história do icônico battle royale da Epic Games?

FONTE

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