Klopp perde aliança no campo e vive 20 segundos de aflição – 10/01/2024 – O Mundo É uma Bola – EERBONUS
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Klopp perde aliança no campo e vive 20 segundos de aflição – 10/01/2024 – O Mundo É uma Bola

Qual o valor de uma aliança?

Antes de responder, dois esclarecimentos.

1) Não me refiro à aliança feita com alguém para atingir um objetivo, como a que países fazem nas relações comerciais ou para combater um inimigo em uma guerra.

2) Não me refiro a valor em dinheiro.

Trata-se da aliança matrimonial, a que se usa no dedo anelar da mão esquerda (durante o noivado ela fica na direita) para expressar devoção e comprometimento à pessoa que se ama.

E trata-se do valor sentimental dela.

Só quem é casado e usa aliança é que pode responder. Não é pergunta para solteiros e descompromissados.

Eu fui do time dos casados e usei aliança durante aproximadamente 15 anos e meio. Foi o tempo que durou a união matrimonial. Não a tirei, pelo que me lembro, um único dia. Tanto que quando decidi fazê-lo ela não saía, foi um processo difícil, parecia que se tornara parte do corpo.

Relacionando o tema ao futebol, quem é casado (pela segunda vez) e faz uso da aliança é o alemão Jürgen Klopp, um dos melhores técnicos em atividade, campeão europeu (Champions League) com o Liverpool em 2019 e vice em 2018 e 2022.

A esposa do treinador de 56 anos se chama Ulla, e eles contraíram núpcias em dezembro de 2005, há quase duas décadas, poucas semanas depois de se conhecerem em um pub na Oktoberfest.

Não sei se Klopp utiliza a aliança sempre ou se a tira em algum momento, porém soube que ela é de vital importância na sua vida, valiosíssima, e que perdê-la é meio que sinônimo de fim do mundo.

No primeiro dia deste ano, ele vivenciou essa experiência agoniante.

No estádio do Liverpool, Anfield, o time mandante, liderado pelo egípcio Mohamed Salah, derrotou o Newscastle por 4 a 2, resultado que o manteve na liderança do Campeonato Inglês, três pontos à frente do Aston Villa.

Depois do apito final, Klopp adentrou as quatro linhas, como sempre faz, para cumprimentar seus jogadores e acenar para a fanática torcida.

Entretanto, em determinado momento, percebeu que havia algo faltando enquanto caminhava pelo gramado. Era a aliança. Ela tinha caído.

Klopp ficou aflito. Começou a olhar ao redor, para baixo, e deve ter pensado: “Olha o tamanho do campo. Como vou achar?”.

Pediu ajuda a um segurança que estava próximo, e seu pensamento deve ter ido além: “Ferrou. O que vou dizer para a Ulla?”.

Sua angústia durou 20 segundos (que devem ter parecido para ele 20 horas), quando alguém da equipe de TV que estava próxima e o filmava naquele momento localizou o anel prateado e avisou o treinador.

Aliás, que boa visão a dessa pessoa, e que sorte a de Klopp que a perda tinha acontecido perto de onde estavam.

O alemão ficou felizão. Abriu os braços como que em agradecimento, agachou-se, apanhou a aliança, beijou-a e logo a recolocou no dedo.

Depois, correu e deu socos no ar, comemorando duplamente: o importante triunfo da equipe e a recuperação do estimado objeto.

“Não gosto de joias, mas sem este anel não posso viver”, declarou na entrevista pós-jogo.

O técnico acrescentou que a perda não tinha sido inédita. “Precisei de um mergulhador profissional porque aconteceu no mar.”

E que sabia a razão de a aliança se desprender do dedo –ocorre quando ele afina. “[Acontece] se emagreço um ou dois quilos.”

Fim de história. O susto no Anfield já era somente um causo para contar, e Klopp poderia regressar para os braços de Ulla tranquilamente.

Pois tem muito casado que, se aparecer em casa sem a aliança, terá sérios problemas com o cônjuge. Dessa vez, não seria ele.


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