Retrospectiva 2023: Brasil tem reveses no futebol mundial – 31/12/2023 – O Mundo É uma Bola – EERBONUS
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Retrospectiva 2023: Brasil tem reveses no futebol mundial – 31/12/2023 – O Mundo É uma Bola

Um ano atrás, eu iniciava a retrospectiva que costumo fazer a cada 12 meses dos fatos mais marcantes do futebol mundial com a triste constatação de que Pelé, o melhor jogador da história do futebol, tinha partido. Era “o” fato de 2022, disparado.

Pois 2023 termina e, olhando para trás, constato que o ano mostrou-se um tanto quanto morno no esporte mais popular do planeta.

Houve notícias relevantes, as quais exporei (as de que me lembrar) a seguir. Contudo não houve uma que considero bombástica, aquela que merecesse ser uma superultramegamanchete.

A ressaltar, um 2023 de decepção para as seleções brasileiras, em todos os níveis.

A feminina, ainda sob a liderança de Marta (espetacular no conjunto da obra, em natural decadência na caminhada rumo à aposentadoria), caiu na primeira fase da Copa do Mundo da Austrália e da Nova Zelândia. Esperava-se mais, pelo menos as quartas de final.

Com a queda, veio a demissão da técnica sueca Pia Sundhage. Agora quem comanda é Arthur Elias, de carreira vitoriosa no Corinthians, campeão da Libertadores feminina e do Campeonato Brasileiro em 2023.

A seleção masculina teve dois treinadores interinos e se deu mal com eles, especialmente com o segundo.

Primeiro, Ramon Menezes. Depois, Fernando Diniz, que está sob contrato até junho de 2024, quando a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) afirmou que chegaria o top de linha Carlo Ancelotti.

Que não virá. Na semana que passou, o Real Madrid anunciou a renovação de contrato com o italiano até 2026. Vergonhoso para a CBF, que se vê no momento sem presidente porque Ednaldo Rodrigues está afastado após decisão da Justiça do Rio de Janeiro.

Em campo, só desgosto. Com Ramon, uma vitória e duas derrotas em amistosos. Com Diniz, duas vitórias, um empate e três derrotas (seguidas) nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. A equipe pentacampeã mundial amargou seu pior ano em seis décadas.

Nas categorias masculinas de base, nada a ser celebrado. Tanto a seleção sub-20 como a sub-17 sucumbiram nas quartas de final de seus Mundiais, diante de Israel e Argentina, respectivamente.

Entre os clubes, palmas e mais palmas para o Manchester City (de Pep Guardiola, de Haaland e do brasileiro Ederson), ganhador da Coroa Quádrupla: Campeonato Inglês, Copa da Inglaterra, Champions League e Mundial de Clubes. Algo raríssimo de acontecer.

O que também aconteceu, no Mundial de Clubes na Arábia Saudita, foi uma sonora goleada na final. O Man City humilhou o Fluminense treinado por Diniz (ele se dividiu no ano entre o time carioca e a seleção brasileira): 4 a 0.

Um fim triste para o Fluminense, que viveu um 2023 de felicidade até então, já que campeão pela primeira vez da Libertadores, superando o Internacional de virada na semifinal, em pleno Beira-Rio, e depois o temido argentino Boca Juniors na final no Maracanã. Cano, John Kennedy, Diniz e companhia foram gigantes.

Em um mesmo ano, o Brasil fracassou duas vezes no Mundial de Clubes, já que o de 2022 foi realizado em fevereiro de 2023 devido à Copa do Mundo de seleções, no Qatar, ter ocorrido dois meses antes. O Flamengo nem à final chegou.

Quem esteve muito perto da glória mas não a alcançou foi o Fortaleza, finalista da Copa Sul-Americana, o segundo interclubes em importância na América do Sul. O time cearense, muitíssimo bem treinado pelo argentino Juan Pablo Vojvoda, caiu nos pênaltis ante a LDU, do Equador, na decisão no Uruguai.

Individualmente, prêmios para Lionel Messi, que no meio do ano trocou o Paris Saint-Germain, da França, pelo Inter Miami, dos EUA.

O argentino levou para casa mais dois troféus de melhor do mundo: o The Best, entregue pela Fifa em fevereiro (e relativo ao ano anterior), e a tradicionalíssima Bola de Ouro, da revista France Football, em cerimônia realizada no fim de outubro e que levou em consideração o desempenho na Copa de 2022.

Entre as mulheres, láureas para as espanholas. Alexia Putellas ficou com o The Best e Aitana Bonmatí, pela atuação no Mundial feminino, com a Bola de Ouro. Ambas vestem a camisa do Barcelona.

A Espanha ganhou a Copa do Mundo na Oceania, e a premiação, momento de auge para as jogadoras, virou um escandaloso caso de assédio.

O presidente da federação de futebol do país, Luis Rubiales, beijou sem consentimento, na boca, a camisa 10 da Fúria. Denunciado pela atleta, o dirigente foi afastado pela Fifa, por três anos, de qualquer atividade relacionada ao futebol.

Por fim, 2023 registrou uma perda dolorosa, a do ídolo vascaíno Roberto Dinamite, que morreu em janeiro, e a ruína de Daniel Alves, 40.

O lateral direito, um dos jogadores mais vitoriosos do futebol –com passagem por Sevilla, Barcelona, Juventus, PSG e São Paulo, além da seleção brasileira e o acúmulo de mais de 40 títulos–, está preso na Espanha desde janeiro, acusado de estupro. Será julgado em fevereiro.

Depois desse resumo dos acontecimentos do ano, deixo, como é praxe, recomendações de leitura de textos publicados por O Mundo É uma Bola no decorrer dos últimos 365 dias.

De casos curiosos a análises de fatos, vale ler ou reler caso você tenha um tempinho.

Em tempo: Ótimo 2024, leitor(a)! Que seja de grandes vitórias para todos nós, no esporte e na vida. O futebol terá, além das competições anuais, a Eurocopa da Alemanha e os Jogos Olímpicos de Paris (para os quais a seleção masculina ainda terá de se classificar).

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