O presidente da Argentina, Javier Milei, convocou sessões extraordinárias para acelerar as reformas, restabelecer o imposto sobre salários, abolido pelo governo anterior, e alterar o processo eleitoral.
Milei enviou o decreto ao Legislativo na sexta-feira 22, e a discussão dos projetos deve ocorrer entre os dias 26 de dezembro e 31 de janeiro. O Congresso argentino está oficialmente de recesso até março.
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No início desta semana, Milei apresentou uma extensa lista com mais de 300 propostas voltadas para a desregulamentação da economia Argentina. Essas medidas incluem a abolição de controles de preço, visando a impulsionar a atividade industrial.
Milei assumiu a Presidência no dia 10 de dezembro. O novo presidente da Argentina ingressou na política há aproximadamente quatro anos, manifestou seu desejo de realizar uma significativa redução no tamanho do Estado e eliminar o déficit fiscal.
A situação da Argentina
No terceiro trimestre deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina teve queda de 0,8%, em relação ao mesmo período de 2022. O dado foi divulgado pelo Instituto de Censos e Estatísticas (Indec).
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Atualmente, a inflação anual na Argentina está em 160,9%, segundo o Indec. Já a taxa de juros é de 133%, conforme o Banco Central da República Argentina.
Em razão da crise, o novo presidente argentino apresentou um pacote de medidas para reduzir gastos públicos.
O pacote econômico foi apresentado pelo novo ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, dois dias depois da posse de Milei. “Estamos definitivamente diante do pior legado da nossa história”, declarou Caputo, no início de sua apresentação. “Um país onde os argentinos são cada vez mais pobres, com um déficit fiscal que ultrapassa 5 pontos e meio do PIB.”
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