Taiwan realizará as suas eleições presidenciais neste sábado, 13, uma corrida que a China chamou de uma escolha entre a guerra e a paz. O Partido Comunista Chinês considera a ilha uma província separatista e ameaça assumir o controle dela, pela força, se necessário.
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As eleições de Taiwan são acompanhadas de perto a nível internacional devido ao potencial de aumento das tensões militares no Estreito de Taiwan. Internamente, os eleitores estão preocupados com questões mais práticas, como a economia lenta e a habitação cara, além da ameaça de Pequim.
O trio de presidenciáveis em Taiwan
Conheça mais sobre os três candidatos a presidente de Taiwan:
Lai Ching-te, que também atende por William, é atualmente vice-presidente de Taiwan pelo Partido Democrático Progressista, que rejeita as reivindicações de soberania da China sobre a ilha. Seu companheiro de chapa é o ex-enviado dos Estados Unidos Bi-khim Hsiao.
Médico que estudou saúde pública na Universidade de Harvard, Lai ocupou cargos públicos nos últimos 25 anos, inclusive como prefeito da cidade de Tainan, no sul do país. Durante o mandato dele e do atual presidente, Tsai Ing-wen, Taiwan aumentou as aquisições de armas dos EUA. Se for eleito presidente, Lai comprometeu-se a fortalecer a defesa nacional e a manter a economia na direção política definida por Tsai.
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A China se irrita com qualquer reivindicação de independência por parte dos políticos taiwaneses e é contra laços formais de Taipei com outros países. Pequim rejeitou repetidamente ofertas para manter conversas com o candidato.
Hou Yu-ih é o candidato do principal partido da oposição de Taiwan, o Kuomintang, ou KMT. O KMT é geralmente mais amigável com a China, embora negue veementemente ser pró-Pequim. Tradicionalmente, o partido tem favorecido a unificação com a China, embora tenha mudado a sua posição nos últimos anos para refletir a preferência da maioria da população pela manutenção do status quo.
Hou serviu como chefe da força policial da ilha antes de fazer a transição para a política em 2010. O homem de 66 anos é atualmente prefeito de Nova Taipei, cargo do qual tirou licença para concorrer à Presidência.
Ele se descreveu como um membro atípico do KMT e disse que não buscaria a unificação com a China se fosse eleito. Disse que o futuro de Taiwan precisa ser decidido pelo seu povo.
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Hou comprometeu-se a reforçar a defesa nacional e a reiniciar o diálogo com Pequim. Ele se descreve como mais propenso a convencer a China a manter negociações do que Lai, a quem acusa de levar Taiwan à guerra.
O terceiro candidato presidencial, Ko Wen-je, representa o menor Partido Popular de Taiwan, fundado em 2019.
Cirurgião que se tornou político, Ko defende um meio-termo nas relações com Pequim. Ele disse que estaria aberto a manter conversas com a China, mas defende que Taiwan deve ser capaz de preservar a sua democracia e as liberdades civis. Ele se descreve como o único candidato aceitável tanto para os EUA quanto para a China.
Aos 64 anos, ele foi prefeito de Taipei de 2014 a 2022 e já cooperou no passado com o DPP e o KMT. Ko é o candidato mais popular entre os eleitores mais jovens, que elogiam a sua abordagem direta e se concentram em questões práticas como habitação e educação.
Sua companheira de chapa é Cynthia Wu, uma executiva que vem de uma das famílias mais ricas de Taiwan.
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Revista Oeste, com informações da Agência Estado