Em visita à Missão da ONU na República Centro-Africana, Minusca, o subsecretário-geral para as Operações de Paz enalteceu os progressos e destacou o potencial de jovens como futuras lideranças do país.
Falando de Bangui, Jean Pierre Lacroix enfatizou os passos seguintes após a renovação do mandato da missão de paz até novembro de 2024 pelo Conselho de Segurança.
Organização das eleições locais
“Para discutir das perspectivas do ano 2024. Vai ser um ano muito importante para República Centro-africana. Nós já tivemos resultados bons na área de segurança no país e no processo político. No ano 2024, a República Centro-Africana vai organizar eleições locais que vão ser muito importantes para reforçar a presença da democracia local e assegurar que os representantes da população, em nível local, possam ter a legitimidade que vem de uma eleição. A Minusca vai apoiar a organização das eleições locais em várias áreas e, seguramente, vai ser uma prioridade muito importante para o ano que vem”.
Além de encontros com as autoridades e com a equipe da ONU no país, Lacroix manteve contacto com a população no nordeste.
Ele destacou ainda a interação com universitários com o quais abordou a estabilização e as etapas para que o processo seja coletivo, coeso e relevante aos desafios do país.
Abertura e liberdade
“Eu acho que é a chave do sucesso ter essa dinâmica coletiva de trabalho com as várias partes no país. Eu tive uma reunião com os estudantes da Universidade de Bangui, que têm um potencial muito forte de liderança. Os jovens e estudantes vão ser os líderes de amanhã na República Centro-Africana e a gente falou com muita abertura e liberdade dos progressos que nós fizemos juntos na segurança, nos processos políticos e dos desafios os anos que veem, as eleições locais e os problemas de segurança que ainda existem em várias áreas no país.”
Questões fronteiriças e do reforço da autoridade do Estado são prioridades no mandato da Minusca que no próximo ano completa nove anos na República Centro-Africana.
A escolha de líderes locais em 2024 faz parte da implementação do Acordo Político para a Paz e a Reconciliação.
Este ano, as eleições foram adiadas devido a um referendo constitucional realizado em 30 de julho. Entre outras reformas, a consulta eliminou a limitação de dois mandatos presidenciais.
*Com reportagem de Vladimir Monteiro, de Bangui para a ONU News.